
Circo, cirque, zirkus, circus.
Picadeiro, animais, mágicos, palhaços, malabaristas, acrobatas, bailarinas, mulheres barbadas, círculo de fogo e globo da morte. Mil tipos, gêneros, cores e forma em uma arena.
Certa vez quando questionado se gostava de ser palhaço, um homem deixou no ar uma questão – seria o mundo um grande circo? – o palhaço sem nome tinha uma vida circense desde pequeno, sua visão do mundo ultrapassava o comum, de certa forma tudo fazia sentido, mas algumas pessoas faziam ar de desprezo para a sua teoria e até o tratavam como louco, era conhecido como o palhaço dos devaneios.
Comparava o circo a vida, onde o mundo seria o picadeiro, as pessoas se dividiriam entre ser platéia ou artista.
A rotina ? Espetáculo.
E a classificação entre o triste, feliz e dificil da vida? O palhaço dizia que no circo era fácil enxergar toda essa divisão, que apesar da associação maior à felicidade, no circo tinha tristeza, inveja, egoismo, maldade e falsidade, que nem tudo que parecia era real e que muitas vezes até eram reais e ruins, mas passavam despercebidas, porque as pessoas insistiam em ver errado e dar risada.
[...]
A teoria do palhaço sem nome parte do princípio de que o mundo é realmente um grande circo, habitado por artistas (pessoas) de diferentes especialidades, caráter e gosto.
Lançado o livro do palhaço sem nome, começa um burburinho entre as pessoas-platéia, uma curiosidade gigante para saber se ocupariam melhor o cargo de artista-palhaço, artista-malabarista, artista-bicho ou até mesmo se permaneciam no cargo comum de platéia.
Queriam saber definições, pois não conseguiam se encaixar em nada, achavam que o que o palhaço falava era poesia e era mesmo, mas não entenderam seu discurso de cabo a rabo.
[...]
O palhaço morreu de desgosto e sem querer acabou sendo reconhecido como o palhaço dos mais bonitos devaneios.